WR-V
- Vitor Kippe
- Apr 15, 2017
- 3 min read

Pessoal, neste post vamos abordar o último lançamento da Honda aqui no Brasil, o WR-V. Algumas pessoas comentaram comigo, “ esse carro é um Fitão, um Fit anabolizado”. A resposta é SIM e NÃO. Sim, porque eles compartilham plataforma, motor, cambio e painel. E Não, porque são veículos de visual, comportamento e preços distintos. Ele é mais um lançamento na categoria de maior sucesso e que mais cresce no Brasil, a de SUVs compactos. A concorrência será os SUV´s de entrada como Renault Duster, Ford Ecosport, modelos de entrada da categoria acima como Jeep Renagade Sport e o recém lançado Renault Captur de entrada( Zen). Seus principais atrativos são a altura em relação ao solo e o estilo de utilitário.
Visualmente as diferenças são grandes em relação ao Fit, visto de frente, não é possível fazer nenhuma relação entre os carros. E o seu conjunto ótico dianteiro ganhou DRL(luzes diurnas em LED). Na lateral quase nada muda, a não ser caixas de rodas pretas e bojudas. Na traseira, assim como a dianteira, um visual bem distante do Fit, com lanternas traseiras espichadas até a coluna, como acontece com o HR-V. Internamente, seu painel é idêntico ao do Fit, um painel simplório com um acabamento honesto. A visibilidade foi melhorada pela ampla área envidraçada, pela elevação do ponto H(base de assento do motorista) e pelo rebaixo no centro do capo. Seu entre-eixos cresceu 2,5 cm, resultando em um pequeno aumento de espaço, algo que já era muito bom! Três pessoas viajam atrás com conforto, e a modolaridade do sistema Ultra de rebatimento dos bancos traseiros é incrível! Tornando possível carregar objetos altos e longos.
Agora vamos falar da estrela do carro que é a suspensão. Esta conta com amortecedores, molas e buchas reforçadas. Com bitolas mais largas e o eixo de torção do HR-V, permitiram a Honda a elevar a altura do carro em 5cm em relação ao Fit. Uma elevação considerável, fazendo com que o WR-V fique mais alto até que HR-V. A direção também veio deste, um conjunto mais robusto, direto e menos anestesiado que o do Fit. Os pilotos de teste relataram que as alterações na suspensão foram de grande valor. Mesmo mais alto ele tem a mesma firmeza do Fit nas curvas e se tornou mais suave e confortável que o mesmo e o HR-V nas buraqueiras das ruas.” Vc encara a buraqueira e as suspensões não dão pancadas. Parece mesmo um outro carro, e não um Fit marombado.” A motorização e o cambio são os mesmo do Fit, o 1.5 iVTEC de 116cv com torque de 15,2 kgfm a 4.800 rpm, 0-100km/h em 11,5s (números satisfatórios mas nada empolgantes), e bom consumo de 12,5 km/l(urbano) e 15,4 km/l(rodoviário). O cambio é sempre automático do tipo CVT.
O modelo terá somente duas versões a EX(R$ 79.400) que vem de série com ar-condicionado analógico, tela multimídia de 5 polegadas (não é sensível ao toque) com rádio, CD, USB, entrada auxiliar e Bluetooth, câmera de ré, dois airbags dianteiros e dois laterais, luzes diurnas em LED, faróis de neblina, Isofix, rack de teto, grade em preto brilhante, rodas de liga-leve de 16 polegadas, retrovisores elétricos com repetidores em LED, computador de bordo, volante multifuncional revestido de couro com ajuste de altura e profundidade, controle de velocidade de cruzeiro, bancos rebatíveis, bancos com revestimento preto e laranja ou preto e prata (dependendo da cor do carro), banco do motorista com ajuste de altura, vidros elétricos, encosto de cabeça e cintos de 3 pontos para todos os passageiros. E a EX-L(R$ 83.400) acrescenta dois airbags de cortina, tela multimídia sensível ao toque de 7 polegadas com GPS, rádio, Bluetooth, acesso à internet, USB e leitor de cartão de memória.
Considero falhas graves num veículo deste patamar de valor, a falta de controle de estabilidade e tração, a falta do opcional do banco de couro, a incompatibilidade do sistema multimídia com Apple Car play e Android Auto e a falta do ar condicionado digital(como no Honda City).
Terminamos o Post concluindo que apesar do WR-V compartilhar a plataforma, motor, cambio e painel, são carros com visual, comportamento e público distintos. Seus grandes trunfos são, a altura em relação ao solo atrelado a excelente suspensão resultando num comportamento dinâmico nas vias esburacadas superior até ao do HR-V, e a modularidade interna do brilhante sistema Ultra. Mas devido as suas falhas consideráveis, uma delas imperdoável (falta de controle de estabilidade e tração) e o seu alto valor de compra, fazem uma relação custo/beneficio nada interessante.
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